Sophie Kinsella, autora britânica consagrada pelas comédias românticas da série Becky Bloom, faleceu aos 55 anos em 10 de dezembro de 2025, vítima de um câncer no cérebro. Sua partida representa uma perda significativa para a literatura contemporânea e para milhões de leitores que encontraram leveza e humor em suas histórias.
Nascida em Londres em 1969 como Madeleine Sophie Wickham, Kinsella iniciou sua carreira como jornalista financeira antes de se dedicar integralmente à escrita. Sob o pseudônimo que a tornaria mundialmente conhecida, publicou em 2000 Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, obra que rapidamente se transformou em fenômeno editorial, vendendo milhões de exemplares e inspirando a adaptação cinematográfica estrelada por Isla Fisher em 2009.
Ao longo da carreira, Sophie Kinsella publicou mais de 30 livros, entre eles Lembra de Mim?, A Irmã de Becky Bloom, Fiquei com o Seu Número e Minha Vida Não Tão Perfeita. Suas obras foram traduzidas para mais de 60 idiomas e venderam mais de 50 milhões de cópias em todo o mundo.
Em 2022, a autora recebeu o diagnóstico de glioblastoma, um tipo agressivo de tumor cerebral. Durante quase dois anos, manteve a doença em sigilo para proteger sua família, tornando-a pública apenas em 2024. Em entrevistas, relatou o impacto das cirurgias, sessões de radioterapia e quimioterapia, mas também destacou a importância de continuar escrevendo e convivendo com seus cinco filhos.
A notícia de sua morte foi confirmada pela família em comunicado nas redes sociais. Segundo os familiares, Sophie faleceu em paz, cercada por seus maiores amores: família, música, aconchego e o espírito natalino.
O legado de Kinsella vai além das vendas expressivas. Ela foi responsável por popularizar a chamada “chick lit”, gênero que combina romance, humor e dilemas contemporâneos, dando voz a personagens femininas complexas e próximas da realidade de suas leitoras. Becky Bloom, sua criação mais icônica, tornou-se símbolo de uma geração que buscava leveza e identificação em meio às pressões da vida adulta.
Sua partida deixa um vazio na literatura, mas também uma herança duradoura: histórias que continuarão a ser lidas, relidas e celebradas por novas gerações. Para os leitores de comédias românticas, Sophie Kinsella não foi apenas uma autora, mas uma companheira que transformou o cotidiano em narrativa e ofereceu risadas em momentos de dificuldade.
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