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segunda-feira, 5 de maio de 2025

Chris Weitz, diretor de 'Lua Nova', revela como os fãs de 'Crepúsculo' influenciaram 'Murderbot'




Chris Weitz sabe bem o que é lidar com fandoms apaixonados. Ele dirigiu A Saga Crepúsculo: Lua Nova, segundo filme da franquia, depois do sucesso estrondoso do primeiro Crepúsculo, dirigido por Catherine Hardwicke. O longa provou que havia uma legião de leitores devotos das obras de Stephenie Meyer ansiosos para ver suas histórias favoritas ganharem vida nas telonas.

Naquela época, Crepúsculo era amado com fervor por seus fãs e, ao mesmo tempo, alvo de críticas por parte de quem não compreendia — ou rejeitava — o apelo de vampiros que brilham no sol. Também havia quem torcesse o nariz para o fato de que a base de fãs era, majoritariamente, feminina e se destacava em espaços como o Hall H da Comic-Con. Mas os “Twi-hards”, como a comunidade passou a ser conhecida, não se deixaram abalar por isso e continuaram a celebrar com orgulho sua paixão pela saga.

Anos depois, ao criar o personagem principal (interpretado por Alexander Skarsgård) da nova série Murderbot, da Apple TV+, Chris e seu irmão Paul Weitz buscaram inspiração justamente nessa vivência com os fãs de Crepúsculo.


“Murderbot é, de certa forma, como um Twi-hard. Você pode discutir infinitamente com um fã de Crepúsculo sobre os méritos dos livros ou filmes, mas isso não importa tanto — porque eles sentem aquilo com profundidade”, disse Chris Weitz em entrevista ao TV Insider.

 

De fato, qualquer fã da saga provavelmente já ouviu críticas incontáveis à franquia — tanto aos livros quanto aos filmes — e ainda assim defende com convicção o direito de gostar de algo que toca seu coração, mesmo que os outros não entendam.

Na história de Murderbot, o protagonista — um robô de segurança — desativa seu próprio módulo de controle e adquire livre-arbítrio. No entanto, em vez de fugir ou abandonar sua missão, ele escolhe usar essa liberdade para maratonar secretamente sua série de comédia espacial favorita. Essa obsessão aparentemente simples revela muito sobre sua humanidade interior.


“A série fala sobre o entretenimento como forma de escapismo — algo muitas vezes subestimado, mas que tem um valor real para nosso personagem principal, servindo como uma válvula de escape para sua instabilidade emocional”, explicou Chris Weitz, referindo-se à conexão de Murderbot com a fictícia The Rise and Fall of Sanctuary Moon.

 

O aspecto meta dessa relação — e até mesmo o título que também contém “moon” — evoca uma conexão sutil com Lua Nova, um dos filmes mais emblemáticos da saga Crepúsculo. Além disso, Murderbot também é, por natureza, uma comédia dramática espacial, o que reforça o paralelo.

 

“Estamos fazendo uma abordagem bem-humorada desse gênero — uma comédia de costumes ambientada no espaço. Pode até parecer um entretenimento descartável para alguns, mas acreditamos que também aborda questões profundas sobre a condição humana, enquanto ainda é divertido e envolvente”, acrescentou Weitz.

 

Seu irmão, Paul Weitz, complementou o pensamento com uma comparação inusitada, mas reveladora:


“Adoramos que o Murderbot seja um superfã de Sanctuary Moon. Já conheci fanáticos por ópera, e acho curioso como a ópera — com suas emoções intensas e muitas vezes exageradas — pode ser vista como brega por alguns, mas também é uma forma de arte incrivelmente sofisticada.”

 

Troque algumas palavras nessas últimas falas e seria fácil imaginá-las saindo da boca de um fã de Crepúsculo em 2009, quando Lua Nova ainda lotava as salas de cinema.

A série Murderbot estreia em 16 de maio na Apple TV+.


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